Conversor de Viscosidade

Compreender o Fluxo de Fluidos: Fundamentos da Viscosidade

A viscosidade mede a resistência de um fluido ao escoamento—o mel é mais viscoso que a água. Compreender a diferença crítica entre viscosidade dinâmica (resistência absoluta) e viscosidade cinemática (resistência relativa à densidade) é essencial para a mecânica dos fluidos, engenharia de lubrificação e processos industriais. Este guia abrange ambos os tipos, a sua relação através da densidade, fórmulas de conversão para todas as unidades e aplicações práticas desde a seleção de óleo de motor até à consistência da tinta.

O Que Pode Converter
Esta ferramenta converte unidades de viscosidade dentro do mesmo tipo: viscosidade dinâmica (Pa·s, poise, centipoise, reyn) ou viscosidade cinemática (m²/s, stokes, centistokes, SUS). AVISO: Não pode converter entre dinâmica e cinemática sem saber a densidade do fluido. Água @ 20°C: 1 cP ≈ 1 cSt, mas óleo de motor: 90 cP = 100 cSt. O nosso conversor previne erros entre tipos.

Conceitos Fundamentais: Dois Tipos de Viscosidade

O que é a Viscosidade?
A viscosidade é a resistência de um fluido ao escoamento ou deformação. Fluidos de alta viscosidade (mel, melaço) escoam lentamente; fluidos de baixa viscosidade (água, álcool) escoam facilmente. A viscosidade diminui com a temperatura para a maioria dos líquidos—o mel frio é mais espesso que o mel quente. Existem DOIS tipos de viscosidade que NÃO PODEM ser convertidos diretamente sem saber a densidade do fluido.

Viscosidade Dinâmica (μ) - Absoluta

Mede a resistência interna à tensão de corte

A viscosidade dinâmica (também chamada de viscosidade absoluta) quantifica a força necessária para mover uma camada de fluido sobre outra. É a propriedade intrínseca do próprio fluido, independente da densidade. Valores mais altos significam maior resistência.

Fórmula: τ = μ × (du/dy) onde τ = tensão de corte, du/dy = gradiente de velocidade

Unidades: Pa·s (SI), poise (P), centipoise (cP). Água @ 20°C = 1.002 cP

Viscosidade Cinemática (ν) - Relativa

Viscosidade dinâmica dividida pela densidade

A viscosidade cinemática mede a rapidez com que um fluido escoa sob a ação da gravidade. Tem em conta tanto a resistência interna (viscosidade dinâmica) como a massa por volume (densidade). Usada quando o escoamento por gravidade é importante, como na drenagem de óleo ou ao verter um líquido.

Fórmula: ν = μ / ρ onde μ = viscosidade dinâmica, ρ = densidade

Unidades: m²/s (SI), stokes (St), centistokes (cSt). Água @ 20°C = 1.004 cSt

Crítico: Não se Pode Converter Entre Tipos Sem a Densidade!

NÃO PODE converter Pa·s (dinâmica) para m²/s (cinemática) sem saber a densidade do fluido.

Exemplo: 100 cP de água (ρ=1000 kg/m³) = 100 cSt. Mas 100 cP de óleo de motor (ρ=900 kg/m³) = 111 cSt. A mesma viscosidade dinâmica, viscosidade cinemática diferente! Este conversor impede conversões entre tipos para evitar erros.

Exemplos Rápidos de Conversão

100 cP → Pa·s= 0.1 Pa·s
50 cSt → m²/s= 0.00005 m²/s
1 P → cP= 100 cP
10 St → cSt= 1000 cSt
100 SUS → cSt≈ 20.65 cSt
1 reyn → Pa·s= 6894.757 Pa·s

A Relação com a Densidade: ν = μ / ρ

A viscosidade dinâmica e cinemática estão relacionadas através da densidade. Compreender esta relação é crucial para os cálculos de mecânica dos fluidos:

Água @ 20°C

  • μ (dinâmica) = 1.002 cP = 0.001002 Pa·s
  • ρ (densidade) = 998.2 kg/m³
  • ν (cinemática) = μ/ρ = 1.004 cSt = 1.004 mm²/s
  • Relação: ν/μ ≈ 1.0 (a água é a referência)

Óleo de Motor SAE 10W-30 @ 100°C

  • μ (dinâmica) = 62 cP = 0.062 Pa·s
  • ρ (densidade) = 850 kg/m³
  • ν (cinemática) = μ/ρ = 73 cSt = 73 mm²/s
  • Nota: A cinemática é 18% superior à dinâmica (devido à menor densidade)

Glicerina @ 20°C

  • μ (dinâmica) = 1,412 cP = 1.412 Pa·s
  • ρ (densidade) = 1,261 kg/m³
  • ν (cinemática) = μ/ρ = 1,120 cSt = 1,120 mm²/s
  • Nota: Muito viscosa—1,400 vezes mais espessa que a água

Ar @ 20°C

  • μ (dinâmica) = 0.0181 cP = 1.81×10⁻⁵ Pa·s
  • ρ (densidade) = 1.204 kg/m³
  • ν (cinemática) = μ/ρ = 15.1 cSt = 15.1 mm²/s
  • Nota: Baixa dinâmica, alta cinemática (os gases têm baixa densidade)

Padrões de Medição Industrial

Antes dos viscosímetros modernos, a indústria utilizava métodos de copo de escoamento—medindo o tempo que um volume fixo de fluido leva para escoar através de um orifício calibrado. Estes padrões empíricos ainda são utilizados atualmente:

Segundos Universais Saybolt (SUS)

Padrão ASTM D88, amplamente utilizado na América do Norte para produtos petrolíferos

ν(cSt) = 0.226 × SUS - 195/SUS (válido para SUS > 32)

  • Medido a temperaturas específicas: 100°F (37.8°C) ou 210°F (98.9°C)
  • Intervalo comum: 31-1000+ SUS
  • Exemplo: Óleo SAE 30 ≈ 300 SUS @ 100°F
  • Variante Saybolt Furol (SFS) para fluidos muito viscosos: orifício ×10 maior

Segundos Redwood N.º 1 (RW1)

Padrão britânico IP 70, comum no Reino Unido e na antiga Commonwealth

ν(cSt) = 0.26 × RW1 - 179/RW1 (válido para RW1 > 34)

  • Medido a 70°F (21.1°C), 100°F ou 140°F
  • Variante Redwood N.º 2 para fluidos mais espessos
  • Conversão: RW1 ≈ SUS × 1.15 (aproximado)
  • Em grande parte substituído por padrões ISO, mas ainda referenciado em especificações antigas

Grau Engler (°E)

Padrão alemão DIN 51560, utilizado na Europa e na indústria petrolífera

ν(cSt) = 7.6 × °E - 6.0/°E (válido para °E > 1.2)

  • Medido a 20°C, 50°C ou 100°C
  • °E = 1.0 para água @ 20°C (por definição)
  • Intervalo comum: 1.0-20°E
  • Exemplo: Gasóleo ≈ 3-5°E @ 20°C

Referências de Viscosidade do Mundo Real

FluidoDinâmica (μ, cP)Cinemática (ν, cSt)Notas
Ar @ 20°C0.01815.1Baixa densidade → alta cinemática
Água @ 20°C1.01.0Fluido de referência (densidade ≈ 1)
Azeite @ 20°C8492Gama de óleos de cozinha
SAE 10W-30 @ 100°C6273Óleo de motor quente
SAE 30 @ 40°C200220Óleo de motor frio
Mel @ 20°C10,0008,000Líquido muito viscoso
Glicerina @ 20°C1,4121,120Alta densidade + viscosidade
Ketchup @ 20°C50,00045,000Fluido não-newtoniano
Melaço @ 20°C5,0003,800Xarope espesso
Piche/Alcatrão @ 20°C100,000,000,00080,000,000,000Experiência da gota de piche

Factos Fascinantes sobre a Viscosidade

A Experiência da Gota de Piche

A experiência de laboratório mais longa do mundo (desde 1927) na Universidade de Queensland mostra o piche (alcatrão) a escoar através de um funil. Parece sólido, mas na verdade é um líquido de viscosidade muito elevada—100 mil milhões de vezes mais viscoso que a água! Apenas 9 gotas caíram em 94 anos.

A Viscosidade da Lava Determina os Vulcões

A lava basáltica (baixa viscosidade, 10-100 Pa·s) cria erupções suaves do tipo havaiano com rios de lava. A lava riolítica (alta viscosidade, 100,000+ Pa·s) cria erupções explosivas do tipo Monte Santa Helena porque os gases não conseguem escapar. A viscosidade literalmente molda as montanhas vulcânicas.

A Viscosidade do Sangue Salva Vidas

O sangue é 3-4 vezes mais viscoso que a água (3-4 cP @ 37°C) devido aos glóbulos vermelhos. A alta viscosidade do sangue aumenta o risco de AVC/ataque cardíaco. A aspirina em baixa dose reduz a viscosidade ao impedir a agregação de plaquetas. O teste de viscosidade do sangue pode prever doenças cardiovasculares.

O Vidro NÃO é um Líquido Super-arrefecido

Ao contrário do mito popular, as janelas antigas não são mais espessas na base devido ao escoamento. A viscosidade do vidro à temperatura ambiente é de 10²⁰ Pa·s (um trilião de triliões de vezes a da água). Para escoar 1 mm, levaria mais tempo que a idade do universo. É um verdadeiro sólido, não um líquido lento.

Os Graus do Óleo de Motor são a Viscosidade

SAE 10W-30 significa: 10W = viscosidade de inverno @ 0°F (escoamento a baixa temperatura), 30 = viscosidade @ 212°F (proteção à temperatura de funcionamento). O 'W' é para inverno (winter), não para peso (weight). Os óleos multigrade usam polímeros que se enrolam no frio (baixa viscosidade) e se expandem no calor (mantêm a viscosidade).

Os Insetos Caminham sobre a Água através da Viscosidade

Os alfaiates exploram a tensão superficial, mas também aproveitam a viscosidade da água. Os seus movimentos das pernas criam vórtices que empurram contra a resistência viscosa, impulsionando-os para a frente. Num fluido de viscosidade zero (teórico), eles não conseguiriam mover-se—deslizariam sem tração.

Evolução da Medição da Viscosidade

1687

Isaac Newton descreve a viscosidade na obra Principia Mathematica. Introduz o conceito de 'atrito interno' nos fluidos.

1845

Jean Poiseuille estuda o fluxo sanguíneo nos capilares. Deriva a Lei de Poiseuille, que relaciona a taxa de fluxo com a viscosidade.

1851

George Stokes deriva as equações para o fluxo viscoso. Prova a relação entre a viscosidade dinâmica e a cinemática.

1886

Osborne Reynolds introduz o número de Reynolds. Relaciona a viscosidade com o regime de fluxo (laminar vs. turbulento).

1893

O viscosímetro Saybolt é padronizado nos EUA. O método do copo de escoamento torna-se o padrão da indústria petrolífera.

1920s

O poise e o stokes são nomeados como unidades CGS. 1 P = 0.1 Pa·s, 1 St = 1 cm²/s tornam-se padrão.

1927

A experiência da gota de piche começa na Universidade de Queensland. Ainda em curso—a experiência de laboratório mais longa de sempre.

1960s

O SI adota o Pa·s e o m²/s como unidades padrão. O centipoise (cP) e o centistokes (cSt) permanecem comuns.

1975

A norma ASTM D445 padroniza a medição da viscosidade cinemática. O viscosímetro capilar torna-se o padrão da indústria.

1990s

Os viscosímetros rotacionais permitem a medição de fluidos não-newtonianos. Importante para tintas, polímeros, alimentos.

2000s

Os viscosímetros digitais automatizam a medição. Banhos com temperatura controlada garantem uma precisão de ±0.01 cSt.

Aplicações no Mundo Real

Engenharia de Lubrificação

Seleção de óleo de motor, fluido hidráulico e lubrificação de rolamentos:

  • Graus SAE: 10W-30 significa 10W @ 0°F, 30 @ 212°F (intervalos de viscosidade cinemática)
  • Graus ISO VG: VG 32, VG 46, VG 68 (viscosidade cinemática @ 40°C em cSt)
  • Seleção de rolamentos: Demasiado fino = desgaste, demasiado espesso = atrito/calor
  • Índice de Viscosidade (VI): Mede a sensibilidade à temperatura (mais alto = melhor)
  • Óleos multigrade: Aditivos mantêm a viscosidade em diferentes temperaturas
  • Sistemas hidráulicos: Tipicamente 32-68 cSt @ 40°C para um desempenho ótimo

Indústria Petrolífera

Especificações de viscosidade para combustível, petróleo bruto e refinação:

  • Óleo combustível pesado: Medido em cSt @ 50°C (precisa ser aquecido para bombear)
  • Diesel: 2-4.5 cSt @ 40°C (especificação EN 590)
  • Classificação do petróleo bruto: Leve (<10 cSt), médio, pesado (>50 cSt)
  • Fluxo em oleodutos: A viscosidade determina os requisitos de potência de bombeamento
  • Graus de combustível de navio: IFO 180, IFO 380 (cSt @ 50°C)
  • Processo de refinação: O visbreaking reduz as frações pesadas

Alimentos e Bebidas

Controlo de qualidade e otimização de processos:

  • Classificação do mel: 2,000-10,000 cP @ 20°C (dependendo da humidade)
  • Consistência do xarope: Xarope de ácer 150-200 cP, xarope de milho 2,000+ cP
  • Lacticínios: A viscosidade da nata afeta a textura e a sensação na boca
  • Chocolate: 10,000-20,000 cP @ 40°C (processo de temperagem)
  • Carbonatação de bebidas: A viscosidade afeta a formação de bolhas
  • Óleo de cozinha: 50-100 cP @ 20°C (o ponto de fumo correlaciona-se com a viscosidade)

Fabrico e Revestimentos

Tinta, adesivos, polímeros e controlo de processos:

  • Viscosidade da tinta: 70-100 KU (unidades Krebs) para consistência da aplicação
  • Revestimento por pulverização: Tipicamente 20-50 cP (demasiado espesso entope, demasiado fino escorre)
  • Adesivos: 500-50,000 cP dependendo do método de aplicação
  • Polímeros fundidos: 100-100,000 Pa·s (extrusão/moldagem)
  • Tintas de impressão: 50-150 cP para flexografia, 1-5 P para offset
  • Controlo de qualidade: A viscosidade indica a consistência do lote e o prazo de validade

Efeitos da Temperatura na Viscosidade

A viscosidade muda drasticamente com a temperatura. A maioria dos líquidos diminui a sua viscosidade à medida que a temperatura aumenta (as moléculas movem-se mais rapidamente, escoam mais facilmente):

Fluido20°C (cP)50°C (cP)100°C (cP)% Alteração
Água1.00.550.28-72%
Óleo SAE 10W-302008015-92%
Glicerina141215222-98%
Mel10,0001,000100-99%
Óleo de engrenagens SAE 9075015030-96%

Referência Completa de Conversão de Unidades

Todas as conversões de unidades de viscosidade com fórmulas precisas. Lembre-se: As viscosidades dinâmica e cinemática NÃO PODEM ser convertidas sem a densidade do fluido.

Conversões de Viscosidade Dinâmica

Base Unit: Pascal-segundo (Pa·s)

Estas unidades medem a resistência absoluta à tensão de corte. Todas se convertem linearmente.

DeParaFórmulaExemplo
Pa·sPoise (P)P = Pa·s × 101 Pa·s = 10 P
Pa·sCentipoise (cP)cP = Pa·s × 10001 Pa·s = 1000 cP
PoisePa·sPa·s = P / 1010 P = 1 Pa·s
PoiseCentipoisecP = P × 1001 P = 100 cP
CentipoisePa·sPa·s = cP / 10001000 cP = 1 Pa·s
CentipoisemPa·smPa·s = cP × 11 cP = 1 mPa·s (idênticos)
ReynPa·sPa·s = reyn × 6894.7571 reyn = 6894.757 Pa·s
lb/(ft·s)Pa·sPa·s = lb/(ft·s) × 1.4881641 lb/(ft·s) = 1.488 Pa·s

Conversões de Viscosidade Cinemática

Base Unit: Metro quadrado por segundo (m²/s)

Estas unidades medem a taxa de escoamento sob a ação da gravidade (viscosidade dinâmica ÷ densidade). Todas se convertem linearmente.

DeParaFórmulaExemplo
m²/sStokes (St)St = m²/s × 10,0001 m²/s = 10,000 St
m²/sCentistokes (cSt)cSt = m²/s × 1,000,0001 m²/s = 1,000,000 cSt
Stokesm²/sm²/s = St / 10,00010,000 St = 1 m²/s
StokesCentistokescSt = St × 1001 St = 100 cSt
Centistokesm²/sm²/s = cSt / 1,000,0001,000,000 cSt = 1 m²/s
Centistokesmm²/smm²/s = cSt × 11 cSt = 1 mm²/s (idênticos)
ft²/sm²/sm²/s = ft²/s × 0.092903041 ft²/s = 0.0929 m²/s

Conversões de Padrões Industriais (para Cinemática)

As fórmulas empíricas convertem o tempo de escoamento (segundos) para viscosidade cinemática (cSt). Estas são aproximadas e dependentes da temperatura.

CálculoFórmulaExemplo
Saybolt Universal para cStcSt = 0.226 × SUS - 195/SUS (para SUS > 32)100 SUS = 20.65 cSt
cSt para Saybolt UniversalSUS = (cSt + √(cSt² + 4×195×0.226)) / (2×0.226)20.65 cSt = 100 SUS
Redwood N.º 1 para cStcSt = 0.26 × RW1 - 179/RW1 (para RW1 > 34)100 RW1 = 24.21 cSt
cSt para Redwood N.º 1RW1 = (cSt + √(cSt² + 4×179×0.26)) / (2×0.26)24.21 cSt = 100 RW1
Grau Engler para cStcSt = 7.6 × °E - 6.0/°E (para °E > 1.2)5 °E = 36.8 cSt
cSt para Grau Engler°E = (cSt + √(cSt² + 4×6.0×7.6)) / (2×7.6)36.8 cSt = 5 °E

Conversão Dinâmica ↔ Cinemática (Requer Densidade)

Estas conversões requerem o conhecimento da densidade do fluido à temperatura de medição.

CálculoFórmulaExemplo
Dinâmica para Cinemáticaν (m²/s) = μ (Pa·s) / ρ (kg/m³)μ=0.001 Pa·s, ρ=1000 kg/m³ → ν=0.000001 m²/s
Cinemática para Dinâmicaμ (Pa·s) = ν (m²/s) × ρ (kg/m³)ν=0.000001 m²/s, ρ=1000 kg/m³ → μ=0.001 Pa·s
cP para cSt (comum)cSt = cP / (ρ em g/cm³)100 cP, ρ=0.9 g/cm³ → 111 cSt
Aproximação para águaPara água perto de 20°C: cSt ≈ cP (ρ≈1)Água: 1 cP ≈ 1 cSt (dentro de 0.2%)

Perguntas Frequentes

Qual é a diferença entre a viscosidade dinâmica e a cinemática?

A viscosidade dinâmica (Pa·s, poise) mede a resistência interna de um fluido ao corte—a sua 'espessura' absoluta. A viscosidade cinemática (m²/s, stokes) é a viscosidade dinâmica dividida pela densidade—a rapidez com que escoa sob a ação da gravidade. Precisa da densidade para converter entre elas: ν = μ/ρ. Pense nisto assim: o mel tem uma alta viscosidade dinâmica (é espesso), mas o mercúrio também tem uma alta viscosidade cinemática apesar de ser 'fino' (porque é muito denso).

Posso converter centipoise (cP) para centistokes (cSt)?

Não sem saber a densidade do fluido à temperatura de medição. Para a água perto de 20°C, 1 cP ≈ 1 cSt (porque a densidade da água é ≈ 1 g/cm³). Mas para o óleo de motor (densidade ≈ 0.9), 90 cP = 100 cSt. O nosso conversor bloqueia conversões entre tipos para evitar erros. Use esta fórmula: cSt = cP / (densidade em g/cm³).

Porque é que o meu óleo diz '10W-30'?

Os graus de viscosidade SAE especificam intervalos de viscosidade cinemática. '10W' significa que cumpre os requisitos de escoamento a baixa temperatura (W = winter, testado a 0°F). '30' significa que cumpre os requisitos de viscosidade a alta temperatura (testado a 212°F). Os óleos multigrade (como o 10W-30) usam aditivos para manter a viscosidade em diferentes temperaturas, ao contrário dos óleos monograde (SAE 30) que se tornam drasticamente mais finos quando aquecidos.

Como é que os Segundos Saybolt se relacionam com os centistokes?

Os Segundos Universais Saybolt (SUS) medem o tempo que 60 ml de fluido levam a escoar através de um orifício calibrado. A fórmula empírica é: cSt = 0.226×SUS - 195/SUS (para SUS > 32). Por exemplo, 100 SUS ≈ 21 cSt. O SUS ainda é usado em especificações de petróleo, apesar de ser um método mais antigo. Os laboratórios modernos usam viscosímetros cinemáticos que medem diretamente os cSt de acordo com a norma ASTM D445.

Porque é que a viscosidade diminui com a temperatura?

Uma temperatura mais alta dá às moléculas mais energia cinética, permitindo que elas deslizem mais facilmente umas sobre as outras. Para os líquidos, a viscosidade normalmente diminui 2-10% por °C. O óleo de motor a 20°C pode ter 200 cP, mas apenas 15 cP a 100°C (uma diminuição de 13 vezes!). O Índice de Viscosidade (VI) mede esta sensibilidade à temperatura: óleos com VI alto (100+) mantêm melhor a sua viscosidade, óleos com VI baixo (<50) tornam-se drasticamente mais finos quando aquecidos.

Que viscosidade devo usar para o meu sistema hidráulico?

A maioria dos sistemas hidráulicos funciona melhor entre 25-50 cSt @ 40°C. Demasiado baixa (<10 cSt) causa fugas internas e desgaste. Demasiado alta (>100 cSt) causa uma resposta lenta, alto consumo de energia e acumulação de calor. Verifique a especificação do fabricante da sua bomba—as bombas de palhetas preferem 25-35 cSt, as bombas de pistão toleram 35-70 cSt. O ISO VG 46 (46 cSt @ 40°C) é o óleo hidráulico de uso geral mais comum.

Existe uma viscosidade máxima?

Não existe um máximo teórico, mas as medições práticas tornam-se difíceis acima de 1 milhão de cP (1000 Pa·s). O betume/piche pode atingir 100 mil milhões de Pa·s. Alguns polímeros fundidos excedem 1 milhão de Pa·s. Em viscosidades extremas, a fronteira entre líquido e sólido esbate-se—estes materiais exibem tanto fluxo viscoso (como os líquidos) como recuperação elástica (como os sólidos), o que se chama viscoelasticidade.

Porque é que algumas unidades têm nomes de pessoas?

O poise homenageia Jean Léonard Marie Poiseuille (década de 1840), que estudou o fluxo sanguíneo nos capilares. O stokes homenageia George Gabriel Stokes (década de 1850), que derivou as equações para o fluxo viscoso e provou a relação entre a viscosidade dinâmica e a cinemática. Um reyn (libra-força segundo por polegada quadrada) tem o nome de Osbourne Reynolds (década de 1880), famoso pelo número de Reynolds na dinâmica dos fluidos.

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